sábado, 21 de abril de 2012

Os três maiores mistérios da evolução humana

     Apesar de muitos estudos e teorias já terem sido formulados, ainda há muito debate sobre como exatamente nos tornamos, ao longo de centenas de milhares de anos, a espécie humana que somos hoje. Três questões, em específico, dividem opiniões entre os cientistas e curiosos em geral. Aprenda um pouco mais sobre estes pontos:

1 – Bipedalismo
 
     Charles Darwin dizia que os ancestrais do Homo sapiens passaram a caminhar sobre dois membros ao invés de quatro por conveniência: foi uma adaptação para deixar nossas mãos livres para criar ferramentas, o que acelerou a evolução. Essa tese já foi derrubada: hominídeos se tornaram bípedes há mais de 4 milhões de anos, enquanto as ferramentas mais antigas de que se tem registro não passam de 2,6 milhões.
     Ainda não há certeza sobre o motivo real. Alguns defendem que ser bípedes nos fez mais altos, o que é uma vantagem para visualizar presas e predadores. Outros afirmam que andar sobre duas pernas nos fez mais rápidos e hábeis, ampliando o território por onde podíamos nos expandir e instalar. É claro que talvez seja uma mistura de várias razões.

2 – Perda de pelos


     Mamíferos têm o corpo coberto de pelos por proteção: com maior capacidade de conservar a temperatura corporal, os animais podem se instalar em regiões mais frias e inóspitas. Mas os antecessores do Homo sapiens acabaram fazendo o caminho oposto, e também há mais de uma teoria para o que levou a isso. Uma das ideias afirma que foi o contato com a água. Passando mais tempo de vida nadando em lagos ou rios, fomos perdendo a necessidade de tanta pelagem. É por isso que os mamíferos aquáticos (como a baleia, por exemplo) não precisam disso.
     Outra corrente de pensamento, no entanto, defende que a perda dos pelos aconteceu quando os hominídeos deixaram as florestas e passaram a viver também em savanas, onde não há proteção contra os raios solares e poderíamos nos superaquecer. Logo, fomos perdendo a “cobertura”.
     Essa teoria parece mais sensata, com um único porém: alguns animais, como leões e zebras, vivem perfeitamente bem e recobertos de pelos nas savanas africanas, onde as temperaturas são sempre altíssimas. O mistério, portanto, continua no ar.

3 – Aumento do cérebro
 
     Nosso desenvolvimento encefálico, e estamos falando mesmo em aumento do tamanho do cérebro, impulsionou a evolução do Homo sapiens. Neste ponto, nossa distinção dos outros primatas é clara. Enquanto os macacos não podem ter um cérebro muito grande porque as mandíbulas fazem muita força e pressionam o crânio com violência, uma mutação genética teria feito os hominídeos se livrarem deste problema.
     A maioria dos cientistas sempre imaginou que o cérebro humano foi pouco a pouco crescendo e nossa capacidade foi aumentando. Mas há quem pense o contrário: as novas habilidades adquiridas ao longo do tempo é que foram conferindo mais complexidade ao cérebro.
     Uma nova adaptação é que incitava um novo desenvolvimento do cérebro, e isso teria acontecido incontáveis vezes ao longo da nossa linha evolutiva.