A POLIDACTILIA se caracteriza pela presença
de dedos nas mãos e/ou nos pés de um número além do normal. Não é uma
condição muito rara, sendo aproximadamente 10 vezes mais comuns em
indivíduos negros do que em caucasóides.
Quando uma pessoa possui mais
dedos nas mãos do que o normal, chamamos de quirodáctilos e são nos
dedos do pé, chamamos pododáctilos.
A
polidactilia é uma anomalia resultante da manifestação de um alelo
autossômico (que não está ligado ao sexo e, portanto pode acometer
tanto o sexo feminino quanto o masculino) e dominante (que se manifesta
mesmo que esteja presente somente uma vez no par de cromossomos, ao
contrário do recessivo, que só se manifesta quando aparece em dose
dupla).
Nessa anomalia os genes possuem penetrância incompleta, isso
significa que apenas uma parcela dos portadores apresenta as
características da doença, mas a pessoa pode carregar o gene e
transferi-lo para seus filhos, mesmo não manifestando a anomalia.
Isso
significa que se o filho manifestou a anomalia e a mãe e o pai não, certamente o casal carrega esse gene. Por se tratar de um gene dominante, a probabilidade de transmissão para os
descendentes é de 50%, caso sejam genes heterozigotos (Aa), ou 100% nos
casos de genes homozigotos (AA).
A
expressão anomalia pode ser variável, apresentando desde a presença de
um dedo extra completamente desenvolvido, até uma simples profusão
carnosa. Apesar de ser uma anomalia, a polidactilia não carrega consigo nenhum problema neurológico para seus portadores. A remoção cirúrgica é um processo considerado simples e é o único tratamento.